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Capitulo 11 (Vinicius) – Visita inesperada





Não consegui alcança-la.
Minha cabeça está uma confusão.
Que droga de dor é essa que eu ando sentindo ultimamente? Eu não lembro de ter batido em nada, me machucado em lugar nenhum, mas algo lá dentro latejava de dor. 
Depois que eu a vi sair, voltei a me deitar naquele mesmo lugar que nós tínhamos nos beijado. Estava atordoado. Cadê o Vinicius ‘pegador’ que não se apaixona, hein? Queria encontra-lo agora.
Queria encontrar algo que me fizesse esquecer dessa dor toda. Que me fizesse esquecer dela. Murmurei alguns palavrões. Estava com raiva de mim mesmo naquele momento.
– É tudo minha culpa, Vine…– Falou Luce entristecida. A moça que trabalhava em minha casa e que tinha acabado de interromper o momento mais feliz da minha vida. – Esse trabalho é muito importante para mim, sem ele, eu e minha família estamos arruinados e…
– Calma Luce, não sou nem louco de te demitir! Sem você aqui, eu não sobreviveria nem um dia… – Ri sem ânimo.
Ela me olhou confusa. Abriu a boca pra falar, mas desistiu e fechou de volta. Com certeza deve está se perguntando por que tinha uma garota triste fugindo de mim, quando normalmente as meninas saem felizes daqui e sou eu que fujo delas depois.
– Preciso me deitar, tudo isso me deixou exausto. – Falei me despreguiçando, tentando soar relaxado e normal.
A vi concordando com a cabeça, saindo logo em seguida. Subi para o meu quarto e me esparramei na cama. Aquela tristeza e agonia não pareciam que ia passar nem tão cedo. Finalmente decidi fechar os olhos e ir descansar um pouco.
“TIM DOM”. Acordei com a campainha, por mais que esteja longe, parecia que eu esperava que ela tocasse. Isabela. Tinha que ser ela. Olhei para o relógio e eram quase sete horas da noite.
Desci as escadas quase voando e fui até a porta. Respirei fundo antes abri-la.
Está de brincadeira comigo, certo? Acorda Vinicius, acorda desse pesadelo.
– Sério Vine, o que você quer realmente com a Isabela? Que insistência ridícula, credo… – Natalie fala quase gritando e entra na minha casa sem permissão.
– Para de bancar a mãe dela, Natalie! – Gritei, fechando a merda da porta que não deveria nem ter sido aberta. Depois dessa visita inesperada, preciso definitivamente colocar um olho-mágico, para evitar uma outra.
– Se eu fosse a mãe dela, já tinha comprado pra ela uma passagem só de ida para Tailândia. – Natalie resmunga e vai andando até a sala.
– Mas ao invés disso, você a compra roupas! Ou sei lá da onde Isabela arranjou aqueles pedaços de pano. Com certeza, você teve muito a ver com aquela palhaçada. – Minha cabeça ainda doía de tanta dor.
Senti uma tontura.
– Qual foi Vinicius? Agora as roupas pra você é de palhaço, mas antes você não hesitava nenhum pouquinho em desfilar com suas garotinhas de minissaia – Ela cospe as palavras com desgosto.
– E-Eu ainda gosto de minissaias. Só achei ridículas em Isabela. Eu a vi muito bem no primeiro dia de aula. Hoje, ela estava completamente o oposto. Você é quem está a usando como bonequinha, não sei como ela não percebe isso. Esse seu joguinho. E eu ainda tentei alertá-la.... – Me lembrei da pequena discussão na praia.
– E você ainda esperou que ela acreditasse em você – Ela soltou uma gargalhada de arrepiar – Eu até gosto dessa sua ingenuidade Vinicius… – Sua voz suavizou e ela se aproximou de mim. Seu olhar mudou. Sua expressão mudou. Agora ela estava relaxada, com um meio sorriso e brilho nos olhos.
– Não sou ingênuo… – Falo baixinho hipnotizado pelo seu movimento até mim. Até que ela me empurra para o sofá grande perto da televisão plana da sala. Caí sem forças e ainda sonolento no sofá. – Se você está mesmo tentando… – Ela pousou seu dedo em meus lábios, calando-me.
– Eu sei que o verdadeiro Vinicius ainda habita esse corpo, é só preciso mostrá-lo... – Ela me interrompeu e se debruçou sobre em mim, tocando meu corpo com suas pernas grossas e perfeitamente definidas. Já tinha esquecido como a Natalie era bonita e tinha um corpo de dá inveja a qualquer uma. Uma modelo sem imperfeições físicas. Só físicas mesmo. Sinto o corpo dela se aproximando do meu, até que finalmente eles se tocam. E eu sinto todo o meu corpo se enrijecer instantaneamente.
– Você não se cansa desses joguinhos, não é? – Eu a afasto segurando seus ombros, mas ela continua sentada sobre mim olhando para o meu rosto, com uma expressão perversa no rosto. Suas pernas ainda me envolvendo.  – Vá para casa e me deixe em paz.
Ela trouxe novamente meu corpo para junto do dela. E começou a beijar o meu pescoço traçando uma linha até o meu ouvido. Involuntariamente, eu me excitei. Eu queria matá-la, mas uma parte de mim desejava o corpo dela. Apenas o corpo e mais nada. Nada mais me interessava naquela garota.Será que se eu fazer o que a Natalie sugere que eu faça, a sensação ruim que Isabela me deixara à tarde sumiria? Ou seja, eu voltaria a ser como antes? Voltaria com meu lema de sempre? Meus pensamentos foram interrompidos com as mãos da Natalie subindo a minha camiseta e alisando minha barriga, excitando-me mais ainda. Levantei meus braços e deixei que ela terminasse de tira-la.
Já era.
Se é preciso usar a Natalie pra de alguma forma esquecer toda essa droga que eu ando sentindo por causa da Isabela, que seja! Vinicius está de volta, e dane-se todo o resto.
Enfim, ela me beijou. O beijo não foi nada parecido com o de hoje a tarde, romântico e delicado. Agora era rápido e ofegante. Ela bagunçou o meu cabelo enquanto me beijava, e eu apertava suas pernas contra meu corpo.
A noite era longa, e pretendíamos não dormir tão cedo.
Natalie nunca se arrependera da primeira dose, se não, ela nunca estaria aqui para uma segunda.
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